Autoestima e suas conseqüências no dia a dia
- Wilza Meireles
- 28 de fev. de 2018
- 4 min de leitura

A autoestima é desenvolvida através das relações interpessoais, desde a nossa infância com a interação filhos/pais. Para a autoestima se desenvolver de uma maneira saudável deve haver estímulos propícios que farão com que a criança cresça com segurança, autoconhecimento e amor próprio. Se o ambiente for agradável, operado com reforço positivo e valorização das habilidades da criança com certeza essa criança irá ter facilidade no futuro de reconhecer situações que irá levá-la à indecisão quanto ao seu auto-conhecimento e poderá evitá-las a tempo de danos maiores. O respeito à fala e opinião dos filhos, serão determinantes para um bom desenvolvimento das habilidades interpessoais e internas propriamente ditas. Quando o filho sente desinteresse, impaciência, intolerância ou desamor em seu lar, a conseqüência pode ser desastrosa. Portanto, é importante não criticar jocosamente, não rejeitar, não humilhar, não frustrar desnecessariamente e não expor ascaracterísticas negativas diante de terceiros.
O que é autoestima afinal? Auto estima é a apreciação que uma pessoa faz de si mesma; é o amor próprio, é se olhar no espelho e ficar satisfeita com o que vê, não só na aparência, é se comunicar com seu “eu” interior. É ter segurança em opinar, negar, escolher e revolucionar seu próprio mundo. Essa apreciação e respeito por si mesmo refletirá principalmente em suas relações interpessoais, fazendo com que os pares se respeitem e se considerem em suas atitudes. Conseqüentemente, a vida será mais agradável e a felicidade mais próxima.
A autoestima afeta diretamente tudo o que fazemos e a maneira como vemos o mundo; determina se somos capazes de lidar com os leões que temos que matar diariamente ou se teremos capacidade de nos respeitar fazendo valer nossos direitos e necessidades. Teremos mais segurança em falar e ser ouvido ou mais confiança de nos colocarmos diante de uma discussão ou impasse. Quem nunca passou por um rompimento amoroso, uma demissão, um marido ou um filho agressivo, pela solidão, pela perda de um vínculo, seja ele qual for (de amizade, de animal de estimação, etc.)?
Enfim, quanto maior a autoestima maior a capacidade de resolução de problemas, com tranqüilidade e serenidade. Sendo assim, massagear o próprio ego de vez em quando é função primordial.
Sem autoestima ficamos inertes diante da vida, investindo energia em coisas que muitas vezes não tem solução naquele momento, confundimos o foco e, problemas que podem ser resolvidos imediatamente tomam o último lugar na lista das providências do dia a dia. Lógico que existem problemas graves nestes contextos, mas o que eu quero falar é da solução do problema; se não há uma saída momentânea, deveremos passar outra solução adiante, mais tarde quem sabe aquela gravidade poderá ser solucionada com mais facilidade? Nas relações interpessoais a baixa autoestima tem o poder de afastar as pessoas e destruir relacionamentos. Como aceitaremos o outro se não nos aceitamos ou respeitamos? Como preservaremos um relacionamento amoroso se não conseguimos ao menos ficar sozinhos conosco mesmos?
Quando se cai em um ciclo de autopiedade e desvalorização, pode-se chegar a um sofrimento psíquico. Sentir-se inadequado, sempre errado, considerar que nunca será capaz ou competente o bastante, pode fazer com que uma pessoa chegue a seu limite. Em muitos casos de fragilidade emocional pode-se recorrer ao uso abusivo do álcool ou drogas recreativas, constituindo assim um transtorno mental passível de tratamento farmacológico.
Se esse texto parece ser um espelho para você, procure um psicólogo; ele poderá te ajudar a identificar e tratar de maneira adequada esse evento na sua vida. Enquanto isso fique sabendo de algumas dicas que poderão ajudá-lo a levantar a moral da sua autoestima:
1) Aprender a falar não. No nosso dia a dia tendemos a falar sim para as pessoas que nos são queridas sem ao menos pensar. Se tivermos autoestima baixa será extremamente doloroso verbalizar esse não. Inconscientemente pensamos: “se eu falar ‘não’ essa pessoa, não vai me amar, não vai me respeitar.” Mas na realidade quem tem que se amar e se respeitar somos nós, por isso podemos dizer “não” sem medo de sermos rejeitados. E se formos, melhor nos afastarmosdessa pessoa, ela não nos merece.
2) Impor limites nas pessoas. Não devemos nos submeter a concordar sempre com a opinião ou atitude do outro. Impondo limites de respeito, a convivência será muito mais justa e agradável para ambos.
3) Valorizar suas qualidades. Em nosso convívio ninguém é tão mau que não merece ser respeitado. Então porque nós não teríamos nosso valor? Se não nos olharmos de perto e virmos todas as qualidades que temos, como podemos exigir isso do outro?
4) Evitar relacionamentos destrutivos. Certos relacionamentos minam nossas forças e nossa autoestima. Aprendamos a detectá-los e excluí-los de nossa vida o mais rápido possível. Vampiros não existem só na ficção, os piores estão na vida real; sugam nossa energia positiva e nos fazem andar de cabeça baixa.
5) Ter pensamentos positivos. A nossa mente é comandada por nossos pensamentos, portanto eles são poderosos. Vigilância para que possamos pensar positivamente é uma alternativa.
6) Criar projetos para o futuro. Muitas vezes nossa ansiedade vem da preocupação com o futuro. Anotando, planejando, podemos nos aproximar do nosso futuro de maneira saudável. Só temos que cuidar para que não façamos planos sem podermos cumprí-los, essa frustração poderá ser mais um degrau no processo da baixa autoestima.
7) Cuidar de si mesmo. Tanto física, mental e espiritualmente. Devemos criar o hábito de fazer exercícios físicos, ler bons livros, ou até mesmo “abraçar árvores”. O contato com a natureza completará uma simbiose necessária para o bem estar geral.
8) Fazer um trabalho voluntário. Doando um pouco de nós estaremos nos valorizando acima de tudo como ser humano. Entramos em contato com outros problemas, muitas vezes achando a solução para os nossos.
9) Aprender com os erros. Se não aprendermos com nossos erros, iremos ficar batendo em uma tecla eterna, pensando que o que está errado é a vida e não nós mesmos.
10) Cultivar boas amizades. Amizades saudáveis, que pensam da mesma maneira que nós, em sintonia com o que você busca só nos engrandece. Ouvir e falar coisas que acalentam o coração ou apenas sentir a energia de quem nos quer bem; seja através de um abraço ou do silêncio que muitas vezes diz tudo.
Com essas dicas simples mais eficazes, poderemos com certeza ter qualidade de vida, e nossa autoestima estará sempre a “ponto de bala”. E por último, mas não menos importante, se você não sabe como colocar essas dicas em prática, repito, procure um psicólogo, ele saberá como te encaminhar pela estrada que levará ao bem estar e a uma nova pessoa.

















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