Resultado, Ação e Coesão
- Gisele Azevedo
- 28 de fev. de 2018
- 4 min de leitura
"A grandeza de um homem é medida por sua generosidade" (Blavatsky) “A energia flui para onde está seu foco.” (Anthony Robbins) O resultado é proporcional à ação..

As Mandalas de Areia é uma tradição Budista que envolve a criação e destruição de mandalas feitas de areias coloridas. As mandalas de areia são ritualistamcamente desfeitas uma vez que são completadas e suas cerimônias de acompanhamento e observação são finalizadas para simbolizar a crença doutrinária budista na natureza transitória da vida material.
São com essas frases e com essa imagem que começo a reflexão de hoje...
Você já parou para refletir que se nenhum padeiro levantar cedo para fazer o pão, não haveria pão suficiente para todos? Que se um dia, todas as abelhas deixassem de trabalhar, não haveria mel?
Assim é com o trabalho. Se você não levantar cedo, não haverá frutos para ser colhido. Ao longo de nossa história, nós temos aprendido a ver o trabalho como algo que tem que ser feito. A obrigação e o dever vem como quilos e, obviamente, não há motivação. O foco e desespero por pagar contas apenas adicionam mais peso e turvam nossa visão e sentimentos.
Mas não precisa ser assim. E para sair da obrigação, temos que pensar em possibilidades. Novas possibilidades.
Primeiro, vamos conceituar trabalho.
Segundo o dicionário (vou trazer apenas alguns conceitos), temos trabalho como:
Exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa; ocupação em alguma obra ou ministério.
Esforço, labutação, lida, luta.
Aplicação da atividade humana a qualquer exercício de caráter físico ou intelectual.
Tipo de ação pelo qual o homem atua, de acordo com certas normas sociais, sobre uma matéria, a fim de transformá-la (e isso pode incluir matérias mais sutis, como nossos pensamentos e emoções!).
A própria obra que se compõe ou faz (ué...estamos falando de nós mesmos?)
Obra literária ou artística.
Maneira como alguém trabalha.
Agora que conceituamos um pouquinho trabalho (e olha que não passamos por todas suas dimensões, apenas as genéricas e psicológicas!) vamos às perguntas: Quando se trata de trabalho (e isso abrange todo o significado da palavra e não apenas a atividade que você faz para ter renda), o quanto você se doa? O quanto você acredita e se entrega com coração aberto às atividades que são designadas a você? Quantas oportunidades passam diantes dos seus olhos e você escolhe não agarrá-las? O resultado é proporcional à ação.
Agora vamos conceituar ação:
Resultado de uma força física ou moral (Interessante?)
Ato, feito, obra.
Faculdade ou possibilidade de executar alguma coisa.
Modo de proceder (opa, uma atenção aqui!)
Atividade, energia, movimento (Essa é importante, hein!)
Ação não é apenas acordar cedo e cumprir um horário. Isso é uma ação a nível físico, de comportamento. Mas qual é a sua postura interna? Como você se sente ao levantar cedo? O que você pensa quando acorda e precisa cumprir um compromisso? O quanto de energia você dispõe para realizar aquelas atividades? Qual é sua ação mental? Qual é sua ação emocional? Qual é sua ação energética? Qual é o modo de proceder dentro dessas áreas?
Quando paramos para pensar sobre cada aspecto da ação, se torna fácil analisar a apenas a ação física (que é a referência que estamos habituados a ter). No entanto, quando falamos sobre holismo, falamos do ser como um todo. Não apenas nos interessa a ação física porque nós sabemos que a ação mental, emocional e energética igualmente influenciam em nossa realidade, na nossa atitude interna e nos resultados que obtemos. Sabemos que não é suficiente estar apenas de corpo presente, ao contrário, é necessário mais. É necessário doar-se, executar cada tarefa com a alma (lembram da imagem motivacional de Khalil Gibran?). É dispor-se a caminhar junto com quem quer não apenas o teu progresso, mas o progresso de todos (dos seus colegas de trabalho, das pessoas que contratam seus serviços, das pessoas que te cercam e das pessoas que cercam as pessoas que te procuram).
Quantas vezes levantamos nosso corpo da cama e pensamos: "poxa, nem queria fazer tal coisa.", ou então "Ai meu deus, preciso pagar minhas contas.", ou "Será que Carlinhos vai hoje?", ou ainda "Não tava afim de ver a cara da Claudinha.". Pois é. E depois reclama do redimento, seja emocional, mental, físico ou financeiro.
Uma ação no físico leva à uma reação no físico (e que reverbera no mental e emocional). Ora, assim também são as ações no energético, emocional e mental, levam à reações nesses mesmos campos. Então, quando eu me levanto e decido que hoje será um bom dia e sinto isso e visualizo que hoje é o melhor dia que eu poderia ter e me disponho a viver isso, é óbvio que o dia será ótimo! Do mesmo modo é para o negativo.
O ponto é: a coerência só acontece quando empreendemos a mesma ação na mesma frequência nessas quatro dimensões. Eu não me levanto apenas no físico. Eu me disponho de energia no energético, me levanto emocionalmente e me levanto mentalmente. Isso é ser coeso.
Portanto, sempre que uma ação for empreendida, reflitam: como é minha ação nesses quatro níveis?
Quando você está em algum lugar, você está de corpo, alma e coração ou está apenas de corpo presente?

















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